Star Metro - Conheça cinco pontos sobre a premiação do Oscar

Clayton Davis, editor de prêmios da Variety, sugere cinco pontos-chave da 96ª edição do Oscar que acontece neste domingo (10) em Hollywood.

- "Oppenheimer" quebrará recordes? -

Não há dúvida de que o sucesso atômico de Christopher Nolan levará vários prêmios do Oscar. Mas quantos?

Mesmo um total "muito conservador" de oito seria o máximo que um filme conseguiu desde "Quem Quer Ser um Milionário", em 2009, diz Davis.

O recorde de 11 pode ser difícil. Mas dez - possível se ganhar nas categorias de Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado - a deixaria empatada com "Amor, Sublime Amor" (1961).

Depois de edições dominadas por filmes independentes, "Oppenheimer" poderia ser o filme de maior bilheteria a ganhar o prêmio de Melhor Filme desde "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" em 2004, e o terceiro maior de todos os tempos, atrás de "Titanic".

Parece certo que se tornará o filme de maior bilheteria da história a dar prêmios da Academia a seus atores, no caso de Robert Downey Jr. e, potencialmente, Cillian Murphy.

E seria o segundo filme a ganhar o principal prêmio da Academia produzido por um casal (Nolan e sua esposa, Emma Thomas), após "Conduzindo Miss Daisy".

- Avalanche de "Barbie" -

Embora não deva ganhar mais do que duas categorias, "Barbie" será onipresente na cerimônia de domingo.

Billie Eilish e Ryan Gosling cantarão suas músicas da trilha sonora do filme indicadas ao Oscar, enquanto o animador, Jimmy Kimmel, deve incluir em seu monólogo piadas sobre a bem-sucedida comédia.

"Não consigo imaginar uma noite inteira sem várias, centenas de referências a 'Barbie'", brincou Davis.

Esperam-se menções à revolta causada pela ausência de indicações para Greta Gerwig e Margot Robbie como Melhor Direção e Melhor Atriz, bem como toques de rosa por toda parte.

"Será uma avalanche de conteúdo de Barbie, o que pode enjoar algumas pessoas", antecipou Davis.

- Atrizes em suspense -

Nenhuma categoria é mais difícil de prever do que a de Melhor Atriz, na qual Lily Gladstone e Emma Stone estão lado a lado nos prognósticos dos especialistas.

Davis acredita que o Oscar irá para Gladstone, estrela de "Assassinos da Lua das Flores", mas reconhece que sua opinião mudou "diversas vezes".

Como a primeira indígena americana a ganhar em uma categoria de atuação, Gladstone viveria um momento histórico, apesar de alguns eleitores não a verem como a verdadeira "protagonista" de um filme cujo tempo de tela é dominado por Leonardo DiCaprio.

A interpretação de Stone em "Pobres Criaturas", de Yorgos Lanthimos, é popular entre o "voto internacional" da Academia, mas poderia sofrer se parte desse grupo acabar inclinando-se por Sandra Hüller, do drama francês "Anatomia de uma Queda".

"Aqui é onde isso se resume à matemática", disse Davis.

- As derrotas de Scorsese -

Martin Scorsese, um dos diretores mais lendários de Hollywood, não carece de reconhecimento.

Mas se Gladstone perder, "Assassinos da Lua das Flores" poderia se tornar o terceiro filme de Scorsese a entrar no Oscar com dez indicações e sair de mãos vazias.

Isso aconteceu com "O Irlandês" e "Gangues de Nova York".

"Seria um daqueles 'problemas do primeiro mundo', ter 30 indicações ao Oscar e não ganhar nenhuma", brincou Davis. "Mas é muito".

- "América, América!" -

Como é costume, a lista de apresentadores do Oscar é a nata de Hollywood.

Em uma coletiva de imprensa esta semana, os organizadores revelaram que cinco vencedores anteriores de cada categoria de atuação subirão ao palco para apresentar cinco indicados no domingo.

Poderia acontecer de Jennifer Lawrence apresentar Emma Stone; Matthew McConaughey, a Paul Giamatti; e Tim Robbins, a Robert Downey Jr.

É uma ideia tirada da cerimônia de 2009, e traz "uma bela conexão e essa interação humana", disse o diretor do programa deste ano, Raj Kapoor.

Qual combinação Davis espera ansiosamente?

"Rita Moreno é uma das apresentadoras. E somando dois mais dois, não há motivo para que não apresente America Ferrera, indicada por 'Barbie' e diga 'América, América!'".

"Vou chorar. Vou me desfazer em lágrimas. E mal posso esperar", afirmou.

A.Gagnon--SMC